Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
Cânticos 2:1
Eu sou a rosa de Sarom,
o lírio dos vales.
Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas.
Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos;desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento;e o seu fruto é doce ao meu paladar.
Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte
sobre mim era o amor.
Sustentai-me com passas,
confortai-me com
maçãs, porque desfaleço de amor.
A sua mão esquerda esteja debaixo da minha
cabeça, e a sua mão direita me abrace.
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o
meu amor, até que queira.
Esta é a voz do meu amado;
ei-lo aí, que já vem
saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros.
O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho do veado; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas,
espreitando pelas grades.
O meu amado fala e me diz:
Levanta-te,
meu amor, formosa minha, e vem.
Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;
Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
A figueira já deu os seus figos verdes,
e as vides em flor exalam o seu aroma;
levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas,
no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face,
faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz
é doce, e a tua face graciosa.
Apanhai-nos as raposas,
as raposinhas,
que fazem mal às vinhas, porque as nossas
vinhas estão em flor.
O meu amado é meu,
e eu sou dele;
ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
Até que refresque o dia, e fujam as sombras,
volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes de Beter.
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